Bem-vindos ao Consult EAD!


Este blog tem o objetivo de compartilhar conhecimentos e estimular a sua reflexão sobre a EAD (Educação a Distância), modelo cada dia mais utilizado como meio de ensino.

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domingo, 28 de agosto de 2011

Um olhar para o futuro!


Esse vídeo faz uma reflexão sobre as tecnologias daqui a 15 anos...

Por ora, lembro-me das palavras do grande filósofo, doutor e educador Mario Cortella: "Só é um bom ensinante quem é um bom aprendente".

Reforço aqui também os questionamentos do vídeo: em meio a esse paradigma tecnológico, qual é o futuro das escolas?

Há quem defenda que as escolas acabarão, e nesse contexto, remeto para nossa discussão as palavras de uma entrevista sobre "O Futuro da Escola"  do sempre respeitável Paulo Freire, que já na sua época trazia idéias modernas e muito profundas sobre os modelos educacionais vigentes e futuros.
Diz Paulo Freire:
" A questão não é acabar com a escola, mas é mudá-la completamente. É radicalmente fazer que nasça dela, de um corpo que não mais corresponde a verdade tecnológica do mundo em um novo ser tão atual quanto a tecnologia hoje.
Eu luto pela esperança de colocar a escola a altura do seu tempo e pôr a escola a altura do seu tempo não é sepultá-la, soterrá-la, mas refazê-la..."
Para quem quiser assistir a entrevista na íntegra, o link está disponível na lista de gadgets.

A questão é complexa. E nós, educadores, como fica o nosso papel diante desse cenário?






EaD e a Geração Z


Globalização, tecnologia, responsabilidade social, sustentabilidade, conexão, velocidade, multifuncional, interdisciplinar, imediatismo... essas são algumas denominações que caracterizam a chamada geração Z.
São considerados indivíduos dessa geração, os nascidos no final do século XX, em meados da década de 90.

Segundo a reportagem da Edição especial da Revista Veja Jovens, de setembro de 2001 (in: http://veja.abril.com.br/idade/exclusivo/jovens/apresentacao.html) sobre as “Características e perspectivas de uma juventude que conhece a internet desde a infância”:
“Garotas e garotos da Geração Z, em sua maioria, nunca conceberam o planeta sem computador, chats, telefone celular. Por isso, são menos deslumbrados que os da Geração Y com chips e joysticks. Sua maneira de pensar foi influenciada desde o berço pelo mundo complexo e veloz que a tecnologia engendrou. Diferentemente de seus pais, sentem-se à vontade quando ligam ao mesmo tempo a televisão, o rádio, o telefone, música e internet. Outra característica essencial dessa geração é o conceito de mundo que possui, desapegado das fronteiras geográficas. Para eles, a globalização não foi um valor adquirido no meio da vida a um custo elevado. Aprenderam a conviver com ela já na infância”.

Essa geração não conheceu inflação, Ayrton Senna, Mamonas Assassinas. Também não tiveram contato com a morte de Tancredo Neves, Diretas Já e o
Impeachment do presidente da República (Collor)...

Ao contrário do que dizem sobre essa geração, esses indivíduos são extremamente focados e disciplinados em seus objetivos.

Eles são capazes de dormir na rua para comprar o ingresso de um show musical e, no dia do show, se sujeitam a ficar muito mais horas na fila, com chuva, sol, com ou sem comida só para garantir um bom lugar e “curtir” a apresentação de seus ídolos.

A geração Z já nasceu na economia baseada em conhecimento. Assim, informações não lhes faltam, mas outros desafios surgem:

  • É possível administrar tantas informações?
  • Como equilibrar o ter e o ser nesse mundo que relaciona poder à capacidade de consumo?
  • Como conviver com o imediatismo resultante de tanta tecnologia e desenvolver a capacidade de análise com paciência e serenidade?

Em meio a esse cenário, é imprescindível repensar o processo educacional. A EaD surgiu bem antes da geração Z. Todavia, foi nessa geração que ela se alavancou para atender à pressa que caracteriza os jovens globalizados e tecnológicos. Será que pais e educadores estão preparados para dar respostas adequadas às necessidades desse público infanto-juvenil?